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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Leitura Recomendada


O MÉTODO DO MOBON É TEMA DE DISCUSSÃO ACADÊMICA

Doutorando analisa a práxis comunicativa do movimento em artigo

O método de evangelização do Mobon influenciou o jeito de ser Igreja de gerações de uma imensa porção do Estado de Minas, chegando até mesmo a exercer influência em outras regiões do país. O doutorando Fabrício Roberto Costa Oliveira analisa este fato em artigo intitulado “O Concílio Vaticano II, o Mobon e as comunidades rurais: Um estudo sobre a práxis comunicativa entre missionários e grupos católicos leigos”, publicando no periódico “Religião e Sociedade”, Rio de Janeiro, 30(2): páginas 38-58, de 2010. Veja resumo do artigo:

“O Mobon é um movimento católico, formado sob a influência do Concílio Vaticano II (1962-1965), que teve atuação destacada em comunidades rurais da Zona da Zona da Mata Mineira. O ideal de maior corresponsabilidade entre o clero e os leigos ocupou lugar de relevo no movimento, que promoveu cursos para a organização de comunidades e lideranças leigas, com o objetivo de que essas se tornassem menos dependentes da atuação dos párocos locais. Nos cursos eram utilizadas metáforas e representações simbólicas do mundo rural com propósitos de promover uma maior compreensão, visando a maior participação leiga. O texto tem como propósito apresentar uma análise desse processo de atuação comunitária da Igreja Católica e do papel relevante adquirido pela práxis comunicativa no processo relacional entre missionários e grupos católicos leigos.”

 Saiba também de outras referências bibliográficas sobre o assunto utilizadas pelo autor:

ARAÚJO, Ricardo Torri. (1996), O Movimento da Boa Nova. Belo Horizonte: O Lutador.
BOTELHO, Demerval Alves. (1996), História dos Missionários Sacramentinos (1945-1994). Belo Horizonte: O Lutador.
REZENDE, João. (1997), “A linguagem de uma formação popular”. In: D. Ângelo (org.). Caderno de formação política. Belo Horizonte: O Lutador.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fórmulas Litúrgicas:

SÊDER DE PÊSSACH PARA CRISTÃOS
Celebração da Páscoa Judaica com Crianças e Jovens Cristãos

1. ABERTURA DO SÊDER

NARRADOR: Sejam bem-vindos à Ceia Pascal. Esta é a festa celebrada pelos judeus para relembrar a libertação dos seus antepassados do Egito. Todos os anos em todo o mundo os judeus celebram este fato histórico. Assim, também os cristãos têm a Páscoa como o evento mais importante de sua fé. E acrescentam ao significado da Páscoa original a lembrança da ressurreição de Jesus. Esta celebração é bastante educativa para nossas crianças e nossos jovens. Pois, a missa teve sua origem nesta Ceia. Portanto, os primeiros celebravam a “missa” como um grande jantar de Ação de Graças. É uma festa de alegria. Por isso, iniciemos cantando.

2. ACENDER DAS VELAS
NARRADOR: Nos lares israelitas, era tarefa da mãe acender as luzes dos candeeiros, dando vida e alegria ao ambiente da Festa. (Acendem-se as velas. Canta-se “Oh, luz do Senhor”).
MÃE: Bendito sejas Tu, Senhor nosso Deus, Soberano do Universo, que nos santificaste com teus mandamentos e nos mandaste acender as luzes desta festa da Páscoa. Para que a luminosidade destas velas possa nos inspirar e trazer-nos esperança de uma vida melhor para todos. Amém.

3. OS SÍMBOLOS DO SÊDER
NARRADOR: Hoje celebramos a Páscoa, a festa da liberdade e da redenção. Todos os símbolos deste ritual representam acontecimentos da vida do Povo de Israel. Lemos a Hagadá que é a história da libertação dos israelitas da escravidão no Egito e comemos a Ceia comemorativa. Para nós cristãos, acrescentamos a narrativa da Ressurreição de Jesus.
PARTICIPANTE: Qual é o significado do osso da perna do carneiro?
NARRADOR: O osso da perna do carneiro lembra o cordeiro oferecido na Páscoa no Templo de Jerusalém há dois mil anos. Lembra também que Deus passou por cima das casas do povo judeu no Egito.
PARTICIPANTE: Qual é o significado do ovo?
NARRADOR: Ele lembra o ovo assado oferecido no Templo de Jerusalém na festa da Páscoa.
PARTICIPANTE: Qual é o significado das ervas amargas?
NARRADOR: Lembram-nos a amargura e a opressão da escravidão.
PARTICIPANTE: Que significa esta mistura de maçã ralada?
NARRADOR: Lembra a argamassa usada pelos trabalhadores judeus escravos no Egito.
PARTICIPANTE: Qual o significado do pedaço de salsa?
NARRADOR: É símbolo de gratidão para com Deus pela boa qualidade da terra, por nosso pão e alimento.
PARTICIPANTE: Qual o significado da água salgada?
NARRADOR: É o símbolo da amargura que Israel suportou em sua experiência de cativeiro. Será usada para mergulharmos a salsa.
PARTICIPANTE: Qual o significado dos três pães sem fermento?
NARRADOR: Representa os três patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó.
PARTICIPANTE: Quantas taças de suco de uva nós deveremos partilhar nesta festa?
NARRADOR: Elas são quatro e representam as quatro fases da libertação de Israel da escravidão. A cor do suco representa cor do sangue que os judeus pincelaram o batente de suas casas para os primogênitos pudessem sobreviver.
PARTICIPANTE: Qual é o significado daquela taça especial no meio da mesa?
NARRADOR: Ela lembra a vinda do Messias para a libertação final.

A NARRATIVA DA PÁSCOA JUDAICA

PRIMEIRA TAÇA
(Enche-se a primeira taça, e levanta-se a taça; após é recitada a bênção).
NARRADOR: Bendito és tu, Senhor nosso Deus, soberano do universo, criador do fruto da vida.
PARTICIPANTES: Adorado sejas, Senhor, pelo dom da vida que está em nossas mãos para ser compartilhado entre nossos irmãos.
LOÇÃO DAS MÃOS
(Uma jarra de água, uma bacia e uma toalha são trazidas para o dirigente do Sêder lavar as mãos).

PERGUNTAS
PARTICIPANTE: Por que este dia é diferente de todos os outros?
NARRADOR: Porque recordamos a libertação do povo judeu da escravidão no Egito.
PARTICIPANTE Então, o senhor pode nos contar como tudo aconteceu
NARRADOR: Deus, nós ouvimos com os nossos ouvidos, e nossos pais na fé nos têm contado a obra que fizeste em seus dias, nos tempos da antiguidade. Os egípcios os maltrataram e os afligiram, e sobre eles impuseram uma dura escravidão. Mas tu os salvaste dos seus inimigos, e confundiste os que os odiavam. Em tudo, Senhor, engrandeceste o teu povo: tu o honraste e não o desprezaste, assistindo-o em todo tempo e lugar! Assim nós, teu povo e ovelhas de teu pasto, te louvaremos eternamente; de geração em geração cantaremos os teus louvores.


SEGUNDA TAÇA
(Enche-se a segunda taça, e levanta-se a taça; após é recitada a bênção).
NARRADOR: Bendito és tu, Senhor nosso Deus, soberano do universo, criador do fruto da vida.
PARTICIPANTES: Adorado sejas, Senhor, pelo dom da vida que está em nossas mãos para ser compartilhado entre nossos irmãos.
COMER UMA VERDURA
(Todos mergulham a verdura na água salgada e o dirigente diz a bênção. Depois, come-se a salsa).
PARTICIPANTES Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste comer as ervas amargas.
NARRADOR: Vendo a situação do povo hebreu no Egito disse Deus: "De fato tenho visto a opressão sobre o meu povo no Egito, e também tenho escutado o seu clamor, por causa dos seus feitores, e sei quanto eles estão sofrendo.” Então enviou seu servo Moisés, e Aarão, a quem tinha escolhido, por meio dos quais realizou os seus sinais miraculosos e as suas maravilhas na terra do Egito.


TERCEIRA TAÇA
(Enche-se a terceira taça, e levanta-se a taça; após é recitada a bênção).
NARRADOR: Bendito és tu, Senhor nosso Deus, soberano do universo, criador do fruto da vida.
PARTICIPANTES: Adorado sejas, Senhor, pelo dom da vida que está em nossas mãos para ser compartilhado entre nossos irmãos.
COMER DO OVO
FRAÇÃO DO PÃO
(O dirigente descobre os três e os quebra. Escondendo a metade deles. Diz-se “Este é o pão da aflição!”).
NARRADOR: Ele transformou as águas deles em sangue, causando a morte dos seus peixes. A terra deles ficou infestada de rãs, até mesmo os aposentos reais. Ele ordenou, e piolhos e enxames de moscas invadiram o território deles. Com pestilência gravíssima, todo o gado dos egípcios morreu. E feridas purulentas começaram a estourar nos homens e nos animais. Deu-lhes granizo, em vez de chuva, e raios flamejantes por toda a terra deles; arrasou as suas videiras e figueiras e destruiu as árvores do seu território. Ordenou, e vieram enxames de gafanhotos, gafanhotos inumeráveis, e devoraram toda a vegetação daquela terra, e consumiram tudo o que a lavoura produziu. Ele enviou trevas, e houve trevas, e eles não se rebelaram contra as suas palavras. E Moisés e Aarão fizeram todas estas maravilhas diante de Faraó; mas o Senhor endureceu o coração de Faraó, que não deixou ir os filhos de Israel da sua terra. E por ultimo feriu seus primogênitos.


QUARTA TAÇA
(Enche-se a quarta taça, e levanta-se a taça; após é recitada a bênção).
NARRADOR: Bendito és tu, Senhor nosso Deus, soberano do universo, criador do fruto da vida.
PARTICIPANTES: Adorado sejas, Senhor, pelo dom da vida que está em nossas mãos para ser compartilhado entre nossos irmãos.
COMER DO PAO AZIMO
(Come-se o pão ázimo.)
PARTICIPANTES: Bendito sejas Tu, Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que fazes sair o pão da terra para saciar os teus filhoa. Amém.
NARRADOR: E falou Deus a Moisés e a Aarão na terra do Egito, dizendo: Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. Mas se a família for pequena para um cordeiro, então tome um só com seu vizinho perto de sua casa, conforme o número das almas; cada um conforme ao seu comer, fareis a conta conforme ao cordeiro. O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, o qual tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. Não comereis dele cru, nem cozido em água, senão assado no fogo, a sua cabeça com os seus pés e com a sua fressura. E nada dele deixareis até amanhã; mas o que dele ficar até amanhã, queimareis no fogo. Assim pois o comereis: Os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; este é o Pessach de Deus. E eu passarei pela terra do Egito esta noite, e ferirei todo o primogênito na terra do Egito, desde os homens até aos animais; e em todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou Deus. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito. E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa a Deus; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. (Ex. 12, 1-14).

SANDUÍCHE
(Faz-se um sanduíche com pão, erva amarga e a pasta de maçã).

(Canta-se “Basta que me toques, Senhor”).

A NARRATIVA DA PÁSCOA CRISTÃ

NARRADOR: Jesus como um judeu devoto também celebrava a Ceia Pascal todos os anos. Durante a sua última ceia, ele recomendou que seus discípulos sempre a celebrassem em memória dele. Entre os cristãos, a ceia pascal recebeu um novo sentido. A Missa que é celebrada todos os domingos surgiu deste jantar de ação de graças que era realizado pelos judeus.
NARRADOR: Enquanto jantavam, Jesus tomou um pão, e pronunciando a bênção de ação de graças, o partiu e o deu aos seus discípulos dizendo:
PARTICIPANTES: “Tomai e comei; isto é o meu corpo”.
(Todos comem um pedaço de pão).
NARRADOR: Em seguida, tomou um cálice e, tendo agradecido a deus, o deu aos seus discípulos, dizendo:
PARTICIPANTES: “Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de vós para remissão dos pecados”.
(Todos tomam um gole do suco de uva).
NARRADOR: Com esta ceia Jesus deu corpo e seu sangue como alimento aos homens e às mulheres através do pão e do vinho. Esta ceia passou a ser celebrada pelos os discípulos todos os domingos, mas tarde a ceia se desenvolveu até chegar à celebração que hoje chamamos de Missa. Esta é a ceia da nova aliança.
PARTICIPANTE: Por quer celebramos a Missa?
NARRADOR: Porque Jesus em sua última ceia disse aos seus discípulos: “Fazei isto em memória de mim”. Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice lembramos o sofrimento, a morte e a ressurreição de Jesus.

LOUVAÇÃO (HALLEL)
(Canta-se “O Senhor fez maravilhas” ou “Obrigado Senhor”).

REFEIÇÃO DA PÁSCOA
(Serve-se a refeição a todos os participantes).
NARRADOR: Neste momento, vamos completar nossa refeição lembrando que esta é uma festa de irmãos e de compromisso com a partilha e a solidariedade. Bom apetite a todos!

BÊNÇÃO FINAL
NARRADOR: Bendito seja o Senhor, que nos deu a força e a alegria desta celebração da Ceia Fraterna. Que esta fraternidade se estenda por todos os dias deste ano. Amém.

(Canta-se o “Hevenu Shalom Aleichem” e todos se cumprimentam).