RESUMO DE “INTRODUÇÃO
CRÍTICA AO CRISTIANISMO”
Introdução
aos Estudos da Teologia
I
– As fontes do saber teológico
1. A natureza do conhecimento teológico:
É um conhecimento coletivo fundamentado em testemunhos subjetivos, históricos,
dependentes da experiência de fé dos fundadores.
2. O conhecimento teológico fundamenta-se
sobre uma literatura: Todo texto permite diversas interpretações, estas
geram diferentes correntes teológicas.
3.
O texto bíblico é polissêmico: Ele
contém diversos significados e vozes sem uma continuidade e homogeneidade
evidentes. Não forma um único bloco. É necessário identificar uma chave de
leitura.
4.
A interpretação é, portanto, a chave do
estudo teológico: A teologia se constrói sobre textos. Isso implica vários
significados. Precisamos escolher bons instrumentos para colhermos os melhores
resultados.
4.
As diferentes igrejas surgem de
diferentes interpretações: A diversidade do cristianismo tem uma dupla
origem – interpretação e poder.
5.
O contraste entre catolicismo e
protestantismo: Elegeram diferentes fontes para gerar seus dogmas (posição
maximalista e minimalista).
6.
Posição minimalista: A Reforma
Protestante optou pela redução das fontes de dogmas. A doutrina dos “cinco
solas” é a máxima expressão disso.
7.
Posição maximalista: As Igrejas
Católica e Ortodoxa seguem a Escritura, a Tradição e o Magistério como fonte de
derivação de dogmas. Elas optaram por mais fontes.
8.
A unidade do cristianismo é um problema
insolúvel: A única coisa que pode unir a todos é a caridade. O ecumenismo é
um esforço neste sentido.
II
- A interpretação e o texto bíblico
9.
A interpretação da Bíblia exige
instrumentos adequados: A hermenêutica e a exegese são duas técnicas
importantes para uma melhor interpretação da Bíblia.
10.
A distância temporal: O leitor da
Bíblia precisa considerar que ele se distancia 1.900 anos dos autores bíblicos.
A sociedade, a cultura, a moral e os costumes eram diferentes.
11. A distância cultural: Duas antigas e
diferentes culturas estão na origem da Bíblia: A semita (AT) e a greco-romana
(NT).
12.
A distância geográfica: O
conhecimento da geografia e da política do ambiente bíblico possibilita
compreender melhor o texto.
13.
A distância linguística: São textos
escritos em hebraico (AT) e em grego (NT) com diferentes pensamentos,
fraseologias e formas de expressão.
14.
A hermenêutica é o campo de estudos
que estabelece os métodos adequados para a compreensão e a interpretação dos
textos bíblicos.
15.
A exegese é a explicação do sentido
de um texto bíblico a partir da aplicação de uma técnica.
16.
A Teologia Bíblica é o campo que
estuda os significados dos textos bíblicos para a compreensão da fé. Ela é um
resultado da exegese aplicada.
III
- A interpretação e os dogmas
17.
A Teologia Dogmática é o campo que
estuda e sistematiza as principais doutrinas cristãs. Ela coloca em diálogo a
Bíblia e a Tradição.
18.
As duas fontes: A Igreja Católica
considera a Bíblia e a Tradição como as duas fontes dos princípios da fé e da
moral (vide Dei Verbum– posição do
Vaticano II).
19.
A Igreja gera as Escrituras: o Novo Testamento
é fruto da prática eclesial dos cristãos do século 1º e da memória que os
apóstolos preservaram de Jesus.
20.
As Escrituras geram a Igreja: No
cristianismo primitivo este processo é simultâneo, as Escrituras foram sendo
escritas enquanto a Igreja estava definindo seus dogmas e suas práticas
litúrgicas.
21.
Na compreensão da Sola Scriptura não há recurso à Tradição porque os Pais
Reformadores fizeram a Igreja derivar do Novo Testamento.
22.
A interpretação dos dogmas é reservada
ao Magistério da Igreja: O Magistério é uma instância de ensinamento
público eclesial cujas autoridades responsáveis são os bispos representados
pelo ministério do bispo de Roma.
23.
Novas expressões de fé vão sendo geradas
pelo sensus fidélium, porém, a
Revelação encerrou-se com o último apóstolo. O Magistério tem a única função de
atualizar esses dogmas.
IV
– O cristianismo primitivo e a ortodoxia
24.
O cristianismo antigo compreende um
período que vai desde 33 até 337 depois de Cristo, dentro dele está o cristianismo
primitivo.
25.
O cristianismo primitivo compreende
o período de 33 até o início do século 2º: Neste período, a Igreja foi se
desenvolvendo e tomando a sua forma original.
26.
A Patrística: É o campo da teologia
que estuda a literatura do cristianismo primitivo e quais eram as doutrinas, os
dogmas e a prática eclesial das primeiras gerações de cristãos.
27.
As heresias: O cristianismo antigo
era formado por diversos grupos com diferentes crenças. Esta diversidade
causava muita divisão. Então, foram instituídos os concílios para fixar as
doutrinas e resolver as polêmicas (heresias) por meio do consenso.
28.
Os escritos dos Pais da Igreja são o
testemunho mais antigo de como era a Igreja Primitiva. O catolicismo usa o consensus patruum como fonte de
resolução de divergências de doutrinas.
29.
A Tradição Apostólica é o conjunto
de todos os ensinamentos que foi recebido pelos primeiros cristãos de forma
oral ou escrita dos apóstolos.
30.
A ortodoxia: É o ensinamento
considerado verdadeiro, genuíno e original preservado pela Tradição Apostólica.
José Aristides da Silva Gamito
Conceição de Ipanema
10/07/2019
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