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quinta-feira, 25 de julho de 2019

Suplemento da Aula 05 - Estudo Teológico


A TRADIÇÃO CATÓLICA DOS SACRAMENTAIS

Além dos sacramentos, a tradição católica mantém os sacramentais. São sinais sagrados que santificam as circunstâncias do cotidiano. Eles são objetos como rosários, medalhas, escapulários, água benta, bênçãos sobre pessoas e lugares e consagração de pessoas e de lugares.
O uso dos sacramentais precisa ser bem definido. Eles não são objetos e nem ações mágicas, não contém poder em si mesmo. São apenas sinais para exteriorizar a fé na ação de Deus. Se se extrapola o limite entre sinais e o próprio poder divino cai-se em heresia.
A tradição católica justifica o uso dos sacramentais a partir de uma transferência de sentido de textos do Antigo Testamento como: a) Uso de óleo – Ex 30, 26-30; b) de túnicas – Ex 28,40; c) de candelabros – Ex 27, 20; d) de incenso – Ex 30, 34 e c) de água – Ex 30,17.
Um dos sacramentais mais populares do catolicismo é o rosário. A história do rosário está ligada a Domingo de Gusmão (1170-1221). Segundo uma lenda, Nossa Senhora lhe recomendou a recitação do rosário para combater os hereges. A forma atual do rosário é um desenvolvimento cultural dos séculos XIV e XV. Há outra explicação de quem o rosário surgiu dos costumes dos monges analfabetos de recitarem 150 pais-nossos como compensação da oração dos 150 salmos.
De fato, o rosário não é bíblico. É uma tradição eclesial católica que recitam verdades bíblicas: Pai nosso (Mt 6, 9-13), Ave-Marias (Lc 1, 28; Lc 1, 42 mais uma invocação eclesial a partir do dogma do Concílio de Éfeso), o Credo é uma profissão de fé que remonta provavelmente ao tempo dos apóstolos) e os mistérios são recordação de eventos da vida de Jesus.
Portanto, uma reflexão teológica sobre o rosário precisa frisar alguns pontos: a) O rosário só tem sentido se for cristocêntrico; b) o rosário não é uma oração mágica que promete benefícios especiais que nenhum sacramento dá; c) não há nenhuma revelação privada que ponha o rosário acima de qualquer sacramento.
O problema que pode existir com o rosário dependerá de cada fiel. E o mais grave é o desvio da centralidade de Cristo. Quanto à repetição de orações como são as litanias, não é novidade do catolicismo. O costume do judaísmo do templo está ligado à repetição dos salmos.

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