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quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Direito e Justiça segundo os profetas


ÉTICA SOCIAL NO PROFETISMO

O profetismo no antigo Israel tinha várias funções. Dentre as frentes de atuação dos profetas, podemos destacar seus discursos éticos.
AMÓS. O profeta Amós critica duramente a situação de luxo dos nobres de Sião e da Samara (6, 1-3). Os vv. 4-6 contêm expressões que denotam a condição de riqueza e de conforto das classes nobres: “leitos de marfins”, “divãs”, sinal de que dormiam bem; “cordeiros e novilhos”, “música”, “óleo e vinho”, sinal de que comiam e se divertiam bem. Amós acusa esses nobres de não se preocuparem com a ruína. Então, diz que eles serão exilados como punição.
No v. 8 Yahweh diz que odeio o orgulho e os palácios daquele povo e, então, levantará uma nação para aniquilar Israel (v. 9-14). A riqueza é criticada pelo profeta (“as casas de marfim”, 3, 15). A razão é que os ricos se esqueceram de cuidar de Israel e ocupam seu tempo com o luxo.
Ele chega a dizer no capítulo 8, que eles querem “eliminar os pobres da terra” e vivem falsificando as balanças (vv. 4-5). Eles ainda querem comprar o fraco com dinheiro e o indigente com um par de sandálias (v. 6). Um versículo chave da ética social de Amós é 5, 24: “Que o direito corra como água e a justiça como um rio caudaloso”.
ISAÍAS.  Este profeta se opõe aos rituais religiosos hipócritas. Ele diz que p jejum que Yahweh quer é a prática da justiça. Em Isaías 58, há uma sequência de práticas necessárias para com o próximo: a) Romper os grilhões da iniquidade (v 6), b) repartir o pão, c) acolher os desabrigados, d) vestir os nus, e) cuidar dos seus (v. 7). Os ricos e dono do poder estavam explorando os seus trabalhadores (58, 3). Isaías também utiliza os princípios do direito e da justiça para fundamentar sua ética (58, 2).
MIQUÉIAS. O profeta reclama que o fiel e justo desapareceram da terra (7, 2). As pessoas deixaram de cumprir o bem. O príncipe e o juiz exigem gratificação para fazer o bem (7, 3). O tema da justiça também está presente no discurso deste profeta. Ele resume toda a motivação da prática do bem. Nada mais é exigido do que “praticar a justiça, amar a bondade e te sujeitares a caminhar com teu Deus!” (6, 8).


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