ÉTICA
SOCIAL NO PROFETISMO
O profetismo no antigo
Israel tinha várias funções. Dentre as frentes de atuação dos profetas, podemos
destacar seus discursos éticos.
AMÓS.
O profeta Amós critica duramente a situação de luxo dos nobres de Sião e da
Samara (6, 1-3). Os vv. 4-6 contêm expressões que denotam a condição de riqueza
e de conforto das classes nobres: “leitos de marfins”, “divãs”, sinal de que
dormiam bem; “cordeiros e novilhos”, “música”, “óleo e vinho”, sinal de que
comiam e se divertiam bem. Amós acusa esses nobres de não se preocuparem com a
ruína. Então, diz que eles serão exilados como punição.
No v. 8 Yahweh diz que odeio o orgulho e os
palácios daquele povo e, então, levantará uma nação para aniquilar Israel (v.
9-14). A riqueza é criticada pelo profeta (“as casas de marfim”, 3, 15). A
razão é que os ricos se esqueceram de cuidar de Israel e ocupam seu tempo com o
luxo.
Ele chega a dizer no
capítulo 8, que eles querem “eliminar os pobres da terra” e vivem falsificando
as balanças (vv. 4-5). Eles ainda querem comprar o fraco com dinheiro e o
indigente com um par de sandálias (v. 6). Um versículo chave da ética social de
Amós é 5, 24: “Que o direito corra como água e a justiça como um rio
caudaloso”.
ISAÍAS. Este profeta se opõe aos rituais religiosos
hipócritas. Ele diz que p jejum que Yahweh
quer é a prática da justiça. Em Isaías 58, há uma sequência de práticas
necessárias para com o próximo: a) Romper os grilhões da iniquidade (v 6), b)
repartir o pão, c) acolher os desabrigados, d) vestir os nus, e) cuidar dos
seus (v. 7). Os ricos e dono do poder estavam explorando os seus trabalhadores
(58, 3). Isaías também utiliza os princípios do direito e da justiça para
fundamentar sua ética (58, 2).
MIQUÉIAS.
O profeta reclama que o fiel e justo desapareceram da terra (7, 2). As pessoas
deixaram de cumprir o bem. O príncipe e o juiz exigem gratificação para fazer o
bem (7, 3). O tema da justiça também está presente no discurso deste profeta.
Ele resume toda a motivação da prática do bem. Nada mais é exigido do que
“praticar a justiça, amar a bondade e te sujeitares a caminhar com teu Deus!”
(6, 8).
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